


No sábado, dia 02 de julho, acontecerá uma edição especial do True Metal Fest, será a única oportunidade de assistir a banda Fullrage ao vivo, que até então, seria um projeto somente de estúdio
Formado por Danilo Pizzato, ex-baterista da banda Leviaethan, Carlos Lots na guitarra, Flavio Soares (Leviaethan) na voz e Marcelo Cougo no baixo, que com a ótima repercussão do álbum “Ressurrection Danied” sentiram a necessidade de fazer pelo menos uma apresentação ao vivo.
Será neste sábado, a partir das 19 horas, no Gravador Pub, na rua Conde de Porto Alegre, 22. Ainda terá a participação da banda de death metal santa-mariense Humam Plague e exposição de fotos de Uillian Vargas “Do Submundo ao Mainstream- Uma Exposição Fotográfica” .
SOBRE FULLRAGE:
A Fullrage começou a tomar forma em uma noite do começo de janeiro de 2014 (há controvérsias), durante os shows de comemoração do cinquentenário do decano do Metal gaúcho, Flávio Soares. Nessa ocasião, o guitarrista Carlos Lots Henrique (que integrou a banda de Thrash Metal gaúcha Leviaethan entre 1989 e 2005), fez uma proposta para o baterista e seu antigo parceiro, Danilo Pizzato (Leviaethan, entre 1985 à 1998), que estava afastado da música há 15 anos.
A proposta era que Danilo voltasse à tocar e que, caso aceitasse, ele (Lots) se comprometia à compor as músicas para um álbum, um resgate, uma celebração aos velhos tempos em que tocaram juntos no Leviaethan. Nessa mesma noite o convite foi estendido ao Flávio, para que ele se encarregasse dos vocais. Mas… tudo ficou no ar.
Algumas semanas mais tarde, entre fartas porções de lasanha e várias taças de vinho, a casa de Danilo, hoje radicado na cidade serrana de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, foi o cenário onde a decisão foi tomada. Assim, numa abafada noite de verão, a serra gaúcha testemunha o nascimento de algo que encheria de alegria e orgulho todos os seus participantes, veteranos do Thrash Metal gaúcho e de incontestável relevância na história do Metal brasileiro.
Alguns meses depois, após ter adquirido os equipamentos necessários, Danilo entrou em contato com Lots. A mensagem foi curta: “Pode começar a compôr“. (Adendo) Segundo Flávio Soares, já em 2010/11 o guitarrista Carlos “Lots” o convidou a integrar um projeto em que ele e Danilo tocariam músicas dos dois álbuns do Leviaethan, convite este que Flávio prontamente recusou, mas passou a incentivar a criação de um novo projeto em que seus antigos companheiros pudessem tocar juntos novamente. Somente mais tarde, quando a Fullrage começou a tomar forma, é que Flávio começou a cogitar a sua participação, com a condição de que participasse apenas como vocalista, sem se comprometer de forma alguma com composição, tanto da parte instrumental como da parte lírica, para que o projeto não se misturasse e nem se aproximasse do seu verdadeiro foco e banda principal (Leviaethan).
COMPOSIÇÃO:
“E o processo de composição teve início. Cada música que era finalizada por ‘Lots’ era enviada para Danilo compor tanto as partes de bateria quanto às letras. O disco foi praticamente composto e arranjado dessa forma. Houveram muito poucos ensaios presenciais, o quê, embora tenha sido um tanto demorado, deu a chance de as músicas chegarem em um grau de amadurecimento muito grande. No meio desse processo, quando já havia mais da metade do material pronto, veio à bordo o último integrante, Marcelo Cougo, outro experiente veterano da cena gaúcha. Alguns ensaios reunindo todo mundo foram feitos e o processo de composição, arranjo e finalização chegou ao fim. Esse processo, como foi mencionado antes, foi longo e durou aproximadamente três anos. Agora era partir para o registro sonoro…“
UM BAIXISTA CONVIDADO:
Com Flávio Soares responsável pelas vozes, para finalizar a formação do projeto, um grande instrumentista foi convidado. Aqui está a visão do projeto segundo o baixista Marcelo Cougo, músico responsável pelas 4 e 5 cordas da Fullrage.
“Minha relação com a Fullrage inicia antes mesmo de eu entrar no projeto. Na época em que éramos colegas na banda EU ACUSO, o Carlos (Lots) começou esse processo junto com o Danilo e o Flávio. Inclusive nos apresentava algumas bases que estava criando e a gente dava uma brincada nos ensaios da banda. Mas a ideia era outra e não se encaixava exatamente na proposta da Eu Acuso. A sonoridade era mais Thrash, com mais velocidade e exigências técnicas. Também a questão do vocal em inglês e mais cantado se confrontava com a sonoridade mais grooveada/RAP da Eu Acuso.
Desse modo, eu fui conhecendo um pouco desse universo enquanto ouvia as histórias dos ensaios, subindo a Serra, ainda com o Vitor Nichelle e o Cristiano Kappaum, guitarrista e baixista envolvidos nesse projeto à época. Um tempo depois, já terminado nosso trabalho em conjunto na banda, encontro o Carlos e ele me convida a conhecer o restante das músicas e também a fazer os baixos para a gravação do álbum. Comecei a receber os arquivos das prés (bem no início mesmo, sem bateria ainda), psra tirar os riffs e pensar nos arranjos. Uma das primeiras coisas que decidimos juntos foi a questão da afinação. A proposta inicial era de uma afinação em Ré. Isso faria com que eu tivesse que fazer algumas adaptações no meu modo de tocar. Eu toco com um baixo de 5 cordas e consigo me adaptar bem a uma sonoridade rápida e pesada subindo meu bordão (em Sí) para Dó. Com isso o baixo fica mais apropriado para tocar esses sons, no que o Carlos, que já havia experimentado essa sonoridade anteriormente na banda que tocávamos juntos, concordou. Desse modo o baixo sobe meio tom e a guitarra baixa dois em relação ao diapasão. PESO!
A partir daí foi aprender as frases, enfrentar os desafios técnicos e criar as possibilidades de destaque para o baixo, geralmente um instrumento que está ali no Metal para dar consistência nas frequências mais baixas. Como isso fui desenvolvendo algumas frases, que se encaixavam bem nas viradas do Danilo (a essa altura a bateria já estava consolidada). Sempre gostei do baixo do Geezer Butler e também das levadas e frases do Steve Harris. Foi com esse pensamento que fui riando as frases que eram possíveis de fazer em meio aos riffs estonteantes criados por Carlos. Quando as primeiras letras foram se encaixando, as melodias também ajudaram a dar ideias para concretizar os arranjos. Mas depois disso tudo teve a experiência no estúdio, com o Renato Osório como produtor do álbum. Bastante exigente com as questões rítmicas, ele foi lapidando alguns arranjos, sugerindo outros e consolidando muitas ideias que já vieram prontas. Impressionante foi o timbre que a gente conseguiu tirar do meu Condor de 5 cordas. Fiquei muito satisfeito e certamente foi uma experiência enriquecedora.
Para finalizar meu relato, eu registro a minha satisfação estética com a versão da letra de Nações para o inglês (à pedido do próprio Marcelo, a Fullrage regravou a música ‘Nações’ da banda EU ACUSO em uma versão com letra em inglês, mas que manteve algumas palavras em português e Guarani). Essa é uma canção do álbum ‘Síndrome de Estocolmo’, da Eu Acuso, uma letra que fiz em homenagem aos povos originários que habitam o território que hoje é o Brasil desde muito tempo antes da invasão europeia. Gostei muito do resultado e adorei o achado poético que o Flávio e o Danilo criaram e que mistura línguas, lendas, nomes indígenas, português e inglês para contar a saga da resistência indígena“. Marcelo Cougo é baixista e já tocou em várias bandas do Heavy Metal gaúcho.
SOBRE O FOTÓGRAFO UILLIAN VARGAS:
Nascido em Alegrete (RS) em janeiro de 1977, começou a se interessar por fotografia admirando os encartes de LP’s, ainda na juventude. Filmes, livros e a vivência acabaram enriquecendo o acervo de inspirações. Durante a graduação em Publicidade e Propaganda, pela PUCRS, o amor pela fotografia intensificou e resultou no bacharelado com certificação em VIVENCIA FOTOGRÁFICA, pelo programa PUCRS 360º. A paixão pelo heavy metal cresceu paralela ao amor pela fotografia e a admiração pelos carros antigos. Elementos que foram decisivos para definir em que áreas da fotografia iria atuar. Hoje movimenta-se pela fotografia de cobertura de shows de metal, ensaios de carros clássicos e provas de velocidade (como Stockcar, 12h de Tarumã, DragRacingV8, etc).
Nessa exposição, que acontecerá no dia 02/07/2022, no Gravador Pub, os visitantes terão a oportunidade de se encontrarem com uma parcela desse trabalho fotográfico, que já conta com mais de uma década de atividade. O foco dessa exposição estará cravado nos shows que vão do underground local até grandes shows de artistas internacionais. Será um passeio pelo universo lúdico dos (todos) grandes shows que movimentaram a cena local. O frame, um fractal de milésimo de segundo, gravado na eternidade, pelo olhar. obs No caso de chuva, somente a exposição será transferida.
SAIBA MAIS SOBRE AS BANDAS EM SUAS REDES SOCIAIS:
FULLRAGE:
Facebook: https://www.facebook.com/fullrageofficial
Instagram: https://www.instagram.com/fullrage.official
YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=uTnAbuftjAU
HUMAN PLAGUE
Instagram: https://www.instagram.com/human_plague
SERVIÇO:
O que: 33º True Metal Fest – Fullrage com Partic De Humam Plague e exposição “Do Submundo Maistream”
Quando: 02/07/2022 às 19h
Ingressos antecipados: R$30,00 adquira o seu pelo WhatsApp (51) 98921-3848
Ingressos no local: R$45,00
**OBS: Em relação a exposição de fotos, no caso de chuva, será transferida. O evento de metal acontece normalmente**
Informações para Imprensa:
Luciane Leal
Fotos:
Cerise Gomes e Zé Carlos Andrade