

O Mötley Crüe, que já era um dos gigantes do Hard Rock norte-americano, precisou de uma pausa antes de voltar ao estúdio para gravar o seu quinto álbum, em 1989
Após algumas crises e um período que o seus integrantes passaram pela rehab, o quarteto de Los Angeles se juntou ao produtor Bob Rock para dar vida às 11 faixas de “Dr. Feelgood”.
Atingindo o topo das paradas da Billboard e superando a marca de seis milhões de cópias vendidas somente nos Estados Unidos, o registro tirou o foco das rusgas internas para comprovar que Vince Neil, Mick Mars, Nikki Sixx e Tommy Lee sempre foram imbatíveis quando trabalharam unidos.
Com um apelo fortemente radiofônico e composições que não abrem mão de uma abordagem bem enérgica e visceral, o álbum também deixa claro que, apesar dos abusos cometidos pelos seus membros nos anos anteriores, o Mötley Crüe tinha criatividade (até de sobra) e um entendimento perfeito do que o público da cena glam queria consumir em termos de música.
Dos hits absolutos “Dr. Feelgood” e “Kickstart My Heart” às divertidas “Rattlesnake Shake”, “Same Ol’ Situation (SOS)” e “Sticky Sweet”, sem esquecer da balada fenomenal “Don’t Go Away Mad (just Go Away)”, “Dr. Feelgood” chama a atenção pelo seu tracklist coeso e muito bem executado, que superou todas as expectativas dos fãs e da imprensa especializada. As melodias grudentas, os refrões empolgantes e fáceis de serem digeridos, os flertes com o heavy metal e a capacidade técnica do grupo deram ao repertório duas indicações ao Grammy e um troféu American Music Awards, na categoria “Melhor Álbum De Hard Rock/heavy Metal”.