Darkthrone – Old Star (Um Metal por Dia)
O Darkthrone, um dos maiores expoentes do Black Metal norueguês, nunca se prendeu aos rótulos do gênero
O grupo, que lançou alguns clássicos do estilo no começo da década de 90, foi transformando a sua sonoridade e incorporando diversas influências. O 17º registro da banda é um dos exemplos dessa postura adotada por Nocturno Culto (vocal, guitarra e baixo) e Fenriz (bateria).
Agregando elementos do heavy tradicional, do doom metal, do speed e até mesmo do stoner rock, o álbum mostra um Darkthrone que soube amadurecer com o tempo, ditando um viés mais técnico e menos raivoso à sua proposta artística. Com seis composições ríspidas e extensas, todas tendo como base um conjunto de riffs sujos e bem diversificados, “Old Star” segue uma linha totalmente old school, mas não se opõe a trilhar por novos caminhos.
Pesado, sombrio e melancólico na maior parte dos seus 38 minutos, o disco passa longe de qualquer elemento eletrônico/sinfônico e busca impactar o ouvinte com uma estrutura musical bem básica, sem muitas firulas. Os melhores momentos do registro, que é coeso do primeiro ao seu último acorde, são as arrastadas “The Hardship of The Scots“, “Old Star” e “The Key Is Inside the Wall” e a agressiva “Duke of Gloat” – única faixa com aquela aura típica do black noventista.
Nocturno Culto e Fenriz, que nunca revelaram uma grande pretensão comercial para a sua música, só deixaram fluir os seus sentimentos mais obscuros aqui.
“Old Star” é um disco sério, potente e fiel à postura que o Darkthrone sempre teve, diante daquilo que eles mesmos chamam de new wave of black heavy metal.
