Fight – War of Words (Um Metal por Dia)
Rob Halford, que deixou o Judas Priest em 1992, não precisou de muito tempo para se reestabelecer diante daqueles que ficaram atônitos com a notícia da sua partida
O Fight, criado pelo vocalista ao lado do baterista Scott Travis e de outros músicos até então desconhecidos do underground norte-americano, lançou o seu primeiro álbum já no ano seguinte, mostrando que o Metal God não estava pensando em diminuir o ritmo, mas querendo buscar um novo caminho para a sua carreira.
Deixando de lado o Heavy Metal oitentista, o grupo se encontrou numa sonoridade mais próxima do Groove Metal, num viés bem moderno e encorpado. o disco de estreia do quinteto, chamado “War of Words“, é um trabalho consistente e cheio de canções agressivas, que às vezes beiram o Thrash e em outras o Southern Metal.
Distribuído pela Sony Music no mundo inteiro, o registro chama a atenção pelos seus riffs pesados e pelo impacto das suas composições, quase sempre rápidas e diretas. Produzido por Attie Bauw, um dos responsáveis pelo enorme sucesso de “Painkiller“, “War of Words” teve uma ótima repercussão, chegando ao top 100 da Billboard, numa época que o grunge era o gênero queridinho da crítica especializada.
O instrumental ríspido e coeso e a performance intensa da sua principal figura fizeram do debut do Fight um dos 500 discos de Heavy Metal mais importantes de todos os tempos, de acordo com a Rock Hard Magazin. As faixas “Into the Pit“, “Nailed to The Gun“, “Immortal Sin“, “Little Crazy” e “Kill It” são os principais destaques do álbum, que exala energia e empolga bastante.
O Fight, que se perdeu um pouco depois de “A Small Deadly Face” (1995), encerrou as suas atividades logo na sequência, para que Rob Halford investisse as suas fichas no ousado (e polêmico) 2wo.
“War of Words“, o trabalho mais surpreendente do vocalista na sua pré-carreira solo, está disponível nas plataformas de streaming na sua versão remixada e remasterizada, de 2007.
