Angra – Rebirth (Um Metal por Dia)

Se muita gente achou que o Angra poderia encerrar as suas atividades após a saída de Andre Matos, Luis Mariutti e Ricardo Confessori, a banda soube se reconstruir em torno dos guitarristas Kiko Loureiro e Rafael Bittencourton, em 2001, e retomar o melhor momento da sua carreira, mesmo que com um novo line-up
Com o sugestivo título de “Rebirth”, o quarto trabalho de estúdio do grupo fez um enorme sucesso no mundo inteiro, vendendo mais de um milhão de cópias e rendendo ao Angra uma exposição midiática gigantesca por aqui.
O disco, gravado na Alemanha e produzido por Dennis Ward, acertou ao dar continuidade àquilo que há de melhor nos seminais “Angels Cry” (1993) e “Holy Land” (1996). O Power Metal característico da banda, marcado por influências sinfônicas e da música brasileira, ganhou um contorno ainda mais enérgico e sofisticado, seja pela destreza técnica dos recém-contratados Felipe Andreoli e Aquiles Priester ou pela performance potente de Edu Falaschi ao microfone.
Se “Nova Era” não precisou de muito tempo para se tornar um dos maiores hits do grupo, o Angra soube aparar todas as arestas de um repertório diversificado e cheio de melodias grudentas e de refrões envolventes. A progressiva “Millennium Sun”, a agressiva “Acid Rain”, as cadenciadas “Heroes of The Sand” e “Rebirth”, a complexa “Unholy Wars” e a vibrante “Running Alone” também merecem destaque, em um disco que foi praticamente uma unanimidade entre a crítica especializada – sites como o Blabbermouth a revista Metal Hammer encheram a banda de elogios – e que foi responsável por conquistar uma nova parcela de fãs, sobretudo entre os headbangers adolescentes.
Importante para o contexto histórico da banda, “Rebirth” não é só um ponto de ruptura na trajetória do grupo, mas um álbum que devolveu o protagonismo ao angra dentro do metal nacional.