Solitude Aeturnus – Alone (Um Metal por Dia)
O Solitude Aeturnus, que permaneceu em atividade de 1991 a 2006, é um dos nomes que tiveram maior destaque na cena Doom Metal norte-americana
O grupo, que chegou a gravar discos de grande relevância, só não conseguiu atingir o mesmo nível dos principais expoentes do gênero por causa das suas péssimas escolhas dentro do estúdio. Recorrendo sempre a produtores de competência duvidosa, a banda só conseguiu acertar a mão no seu álbum de despedida, de 2006.
Se o repertório excepcional dos seminais “Into the Depths of Sorrow” (1991) e “Beyond the Crimson Horizon” (1992) foi bastante prejudicado pela falta de brilho da sua mixagem, as nove composições de “Alone” finalmente mostram toda a experiência que o Solitude Aeturnus adquiriu em quase 20 anos de carreira.
Robert Lowe (vocal e integrante do Candlemass de 2007 a 2012), John Perez e Steve Moseley (guitarras), James Martin (baixo) e Steve Nichols (bateria) conseguiram criar um álbum denso, melancólico e arrastado. Obscuro e introspectivo, o quinteto do Texas absorveu muitas referências do seu passado para lapidar as suas canções, transitando entre o Doom Épico oldschool e o Doom contemporâneo à lá stoner metal.
Com Robert Lowe assumindo uma posição acima dos demais integrantes, o registro ainda chama a atenção pelas suas guitarras encorpadas, pelas harmonias diversificadas e pelo toque de agressividade, típica do Thrash Metal, presente na maioria das suas faixas.
Os melhores momentos são as canções “Scent of Death“, “Waiting for The Light“, “Sightless“, “Upon Within“, “Burning” e “Essence of Black“, que têm o mérito de evidenciar a maturidade e a desenvoltura do Solitude Aeturnus em meio à uma pegada pesada e triste.
A banda, que interrompeu as suas atividades sem grandes explicações bem quando vivia o seu melhor momento, deixou uma lacuna aberta e que ainda não foi preenchida.
