Sad Theory – Entropia Humana Final (Um Metal por Dia)

O Sad Theory, um dos grandes ícones do underground nacional, foi mudando ao longo do tempo
Se “The Lady & the Torch” (2002) e “A Madrigal of Sorrow” (2004) ficaram marcados pela sua sonoridade rebuscada e pela sua atmosfera obscura, “Entropia Humana Final”, que chegou aos serviços de streaming em 2017, prova que a banda se reencontrou no Death Metal melódico/progressivo.
As letras em português, a queda pela literatura, a pegada agressiva e os riffs cheios de Groove são os elementos que mais se sobressaem no sexto trabalho do quinteto curitibano, distribuído pelo selo Mindscrape Music.
Cláudio Rovel (vocal), Alysson Irala e Wenttor Collete (guitarras), Daniel Franco (baixo) e Jefferson Verdani (bateria) há algum tempo deixaram de lado a pegada dark/black para dar um toque mais intenso e vibrante ao seu metal extremo.
Produzido de forma magistral por Irala, “Entropia Humana Final” exalta o lado técnico do Sad Theory e coloca a banda no mesmo nível dos representantes gringos do estilo. Encorpado e diversificado, o registro subiu um nível com a performance vistosa de Rovel ao microfone e ao agregar alguns poucos elementos eletrônicos, que deram uma cara ainda mais contemporânea ao material.
Denso e complexo, o álbum teve o mérito de não perder o seu dinamismo. “Willard Suitcases”, “Antífona”, “Maestro”, “Inanição”, “A Cadela De Buchenwald”, “Occipício”, “S-21” e a faixa-título são os principais destaques de “Entropina Humana Final”, cujos versos atingem um patamar de sofisticação absurdo, indo da obra de cruz e sousa até temas relacionados aos campos de concentração nazistas.
Também vale a pena conferir o trabalho mais recente do Sad Theory nas plataformas de streaming, “Léxico Reflexivo Umbral”.