The Who – Who’s Next (Um Metal por Dia)

O The Who já era um dos maiores nomes do cenário rock’n’roll quando o seu quinto trabalho de estúdio chegou às lojas.
O grupo britânico, que tinha na bagagem vários sucessos radiofônicos e até mesmo uma grandiosa opera-rock chamada “Tommy” (1969), continuou escrevendo o seu nome na história com “Who’s Next”, de 1971.
Concebido a partir de algumas ideias do conceitual “Lifehouse”, cujo lançamento foi abortado devido as brigas da banda com o empresário Kit Lambert, o registro alcançou (pela primeira vez) o primeiro lugar das paradas inglesas e vendeu mais de três milhões de cópias nos estados unidos, quebrando todos os recordes possíveis.
A sofisticação instrumental, bastante visível no seu álbum anterior, é o que determina os caminhos tomados pelo The Who aqui. Composto quase que inteiramente por Pete Townshend (só a faixa “My Wife” é creditada ao baixista John Entwistle), “Who’s Next” impressiona pelo uso de sintetizadores em “Baba O’riley” e em “Wont’t Get Fooled Again”, pelas baladas “Behind Blues Eyes” e “Love Ain’t for Keeping” e pelas enérgicas/diretas “Bargain” e “Getting in Tune”.
Diversificado e cheio de melodias impactantes, o disco frequentemente é apontado como a melhor obra do The Who e, não por acaso, é considerado um dos álbuns de Rock mais importantes de todos os tempos, por publicações do calibre da Rolling Stone norte-americana e da Pitchfork.
Sem o peso de criar outra história cinematográfica nos moldes de “Tommy”, o The Who só precisou deixar toda a sua química fluir em um repertório que retoma um pouco do seminal “My Generation” (1965), sobre tudo naquilo que o rock pode ter de mais visceral.
“Who’s Next”, que completou o 50° aniversário em 2021, segue sendo um alicerce de grande magnitude para quem é fã de música pesada.