

O Eskröta, que iniciou as suas atividades em 2017, soltou no ano passado o seu primeiro trabalho completo de estúdio, intitulado “Cenas Brutais”
Executando um Thrash Metal ríspido e cheio de referências do hardcore, o power trio paulista conseguiu criar um álbum rápido, relativamente simples e agressivo, que compila 11 faixas em pouco menos de 30 minutos de duração.
Os riffs sujos gordurosos, a atitude punk, as letras cheias de críticas sociais e a performance avassaladora de Ya Exodus ao microfone são as principais características do material, que saiu de forma independente e está sendo distribuído fisicamente pelo selo carioca Marquee Records.
Com melodias volumosas e cheias de groove, “Cenas Brutais” ainda cresce um pouco com as participações especiais de Mayara Puertas (Torture Squad) e Fernanda Lira (Crypta), ao mesmo tempo que traça o caminho do Eskröta dentro do underground nacional, com canções ágeis, enérgicas e violentas.
O disco, brilhantemente produzido pelo próprio grupo, esteve (com toda a razão) em diversas listas dos melhores lançamentos de 2020, muito por causa do desempenho da banda em faixas como “Grita”, “Tribuna Popular”, “Vai Se Arrepender”, “Condenados”, “Não Vale Nada”, “Massacre”, “Refugees” (a única com letra em inglês) e “Filha De Satanás”.
Direto, encorpado e dinâmico, “Cenas Brutais” pode até não trazer nada de novo para aquilo que conhecemos como crossover, mas esbanja técnica e bom gosto. Um álbum com força suficiente para superar todas as expectativas.