Warrant – Cherry Pie (Um Metal por Dia)

Warrant – Cherry Pie

O Warrant, um dos expoentes do cenário Glam Metal norte-americano, conseguiu se estabelecer entre os principais nomes do gênero quando o seu segundo trabalho de estúdio chegou às lojas

A banda, que tinha feito uma ótima estreia com “Dirty Rotten Filthy Stinking Rich” (1989), invadiu as rádios e chegou à sétima posição das paradas da Billboard com “Cherry Pie“, um ano depois. o registro, apesar do seu enorme sucesso comercial, dividiu a opinião da crítica especializada, que não acreditou no potencial de Janilane (vocal), Joey Allen e Erik Turner (guitarras), Jerry Dixon (baixo) e Steven Sweet (bateria).

As avaliações apenas razoáveis da Rolling Stone, da Entertainment Weekly e do jornal Los Angeles Times, por exemplo, não acompanharam o impacto que o disco teve sobre o público.

Produzido por Beau Hill, que já tinha no currículo trabalhos com o Winger e com o Ratt, “Cherry Pie” teve quatro faixas transformadas em hit, de um repertório que transpira energia e alto-astral. Investindo num Hard Rock simples e encorpado, com refrãos pegajosos e sem abrir mão das guitarras cheias de referências do heavy metal tradicional, o disco empolga do início ao seu final.

As composições bem diretas do registro, que juntas não ultrapassam a marca dos 40 minutos de duração, foram lapidadas com bastante cuidado, com foco nas emissoras fm’s.

Lançado mundialmente pela Columbia Records, o álbum também brilhou no brasil, tendo a sua versão nacional em vinil distribuída por aqui pela cbs. “Uncle Tom’s Cabin“, “I Saw Red“, “Sure Feels Good to Me“, “Blind Faith” e “Mr. Rainmaker” são alguns dos momentos de destaque do álbum, que ainda conta com um cover de “Train Train“, do Blackfoot.

No entanto, nenhuma composição consegue ter a mesma exposição que a sua faixa-título. Um dos maiores hits da história do rock’n’roll, de acordo com o canal de tv VH1, “Cherry Pie” é extremamente contagiante, em seus três minutos de pura inspiração. Se o Warrant se perdeu depois do bom “Dog Eat Dog” (1992), não se pode dizer que Jani Lane, morto em 2011, tenha deixado um legado maior do que aquilo que está gravado aqui.




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