

O terceiro disco do Suicidal Tendencies, intitulado “How Will I Laugh Tomorrow when I Can’t Even Smile Today”, é um divisor de águas na carreira do quinteto norte-americano
A banda, que deixava definitivamente o cenário underground depois de assinar com a gravadora Epic Records, concebeu o um álbum que permaneceu distante das influências punk de outrora, para entrar de vez dentro do Thrash Metal.
Conseguindo uma modesta 111ª posição nas paradas da Billboard, o registro foi impulsionado pelos singles “Trip at The Brain” (cujo videoclipe contou com a participação do ator John Cusack) e “How Will I Laugh Tomorrow”, tornando o Suicidal Tendencies uma referência do crossover, gênero híbrido que começava a ganhar força nas ruas dos Estados Unidos.
O disco, que tem como destaque a performance do vocalista Mike Muir e a atuação de Rock George e Mike Clark nas guitarras, ainda recupera um pouco daquele speed metal old school para formatar uma sonoridade mais complexa e menos direta, que evidencia a maturidade do grupo naquele momento.
Muito bem lapidado ao lado do produtor britânico Mark Dodson (Metal Church e Prong), o repertório de “How Will I Laugh Tomorrow when I Can’t Even Smile Today” tira o pé do acelerador para apostar mais no groove e nas suas melodias diversificadas, todas com um contorno bem contemporâneo para a época.
“Pledge Your Allegiance”, “The Miracle”, “If I Don’t Wake Up”, “One Too Many Times” e “The Feeling’s Back” são os outros pontos altos do material, que trouxe um pouco de frescor àquilo que ocorria no cenário da bay area de São Francisco.
“How Will I Laugh Tomorrow when I Can’t Even Smile Today” cumpriu satisfatoriamente a sua missão e serviu de trampolim para que o #suicidaltendencies se tornasse uma das referências da música pesada na década de 90.