Flotsam & Jetsam – Blood in the Water (Um Metal por Dia)

O Flotsam & Jetsam, apesar da sua carreira de quatro décadas, não pode ser considerado um dos pilares do Thrash Metal norte-americano
O grupo, que nunca conseguiu ter a mesma exposição do Slayer ou do Testament, até hoje é liderado pelo vocalista Eric Ak e pelo guitarrista Michael Gilbert e lançou o no ano passado o seu 14º trabalho de estúdio, intitulado “Blood in The Water”.
Com uma sonoridade encorpada e algumas nuances modernas, o registro afasta o quinteto das principais referências da bay area para trilhar um caminho bastante particular dentro do estilo, beirando o power metal old school, o heavy tradicional e recheando as suas composições com boas doses de feeling.
Os riffs acelerados, os ganchos melódicos na hora do refrão e a bateria super detalhada de Ken Mary são os elementos mais recorrentes do álbum, que foi produzido pelo dinamarquês Jacob Hansen e mantém o seu pique do início ao final. Se o Flotsam & Jetsam é uma daquelas bandas que privilegia mais a técnica do que a agressividade, “Blood in The Water” é a prova de como essa pegada ajuda a formatar um repertório amplo e diversificado.
“Blood in The Water”, “Burn the Sky”, “Brace for Impact”, “The Walls”, “Too Many Lives”, “Undone” e “Seven Secords ‘til the End of The World” são os melhores momentos do disco, que saiu pela AFM Records lá fora e (ainda) não ganhou uma edição nacional. Apesar do seu desempenho apenas mediano em alguns charts da Europa, a obra foi muito bem-recebida pela imprensa especializada em geral, que elogiou bastante o groove do baixista Bill Bodily (que faz a sua estreia com a banda) e a intensidade do material.
“Blood in The Water”, mesmo que não tenha um candidato a hit, é um álbum forte. Um tanto injusto o disco não ter aparecido em nenhuma lista dos melhores de 2021.