Enslavementof Beauty – Megalomania (Um Metal por Dia)

Enslavementof Beauty – Megalomania

O Enslavementof Beauty, apesar de uma carreira que durou pouco menos de dez anos, deixou a sua contribuição ao symphonic black metal.

O grupo norueguês, capitaneado por Ole Alexander Myrholt (vocal) e Tony Tunheim (guitarra e teclado), lançou o seu belíssimo segundo trabalho de estúdio, chamado “Megalomania“, em 2001.

Lançado pelo pequeno selo Voice Of Wonder Records, mas distribuído em versão nacional pela Hellion Records Official, o álbum chama a atenção por fugir de todos os padrões para estabelecer uma nova perspectiva para o gênero.

Deixando a temática antirreligião de lado, o Enslavement Of Beauty trouxe para as suas letras a literatura de Shakespeare e de Marquês de Sade, abordando assuntos como a miséria humana, a depressão, a morte e o sexo.

Do ponto de vista instrumental, “Megalomania” também se diferencia por ser mais melódico, ao ponto de beirar metal progressivo em vários momentos, e por estar recheados de riffs e de andamentos diversificados, longe de qualquer perspectiva mais extrema.

Ao lado do baterista Asgeir Mickelson, ex-Borknagar, Myrholt e Tunheim gravaram aqui 14 composições, todas bem diretas, pesadas ou atmosféricas.

A performance impecável da dupla, que também assina a produção bem cristalina do disco, é o que faz de “Megalomania” uma obra tão legal.

Complexo e executado com bastante técnica, os melhores momentos do repertório ficam por conta das pesadas “Dainty Delusive Doll” e “Fifteen Minutes” e das densas “Comme Il Faut“, “Seven Dead Orchids” e “Ye That Tempteth Ye That Bequeth“.

Uma pena o Enslavement The Beauty ter durado só três discos! A banda era um dos nomes do cenário de maior potencial no começo dos anos 2000.





Sobre o autor