Rush – 2112 (Um Metal por Dia)

O Rush, que já havia conquistado um certo prestígio no cenário da América do Norte, começou a se tornar uma referência mundial em 1976, quando “2112” chegou às lojas.
O quarto trabalho de estúdio do trio canadense, além de trazer à tona toda a complexidade do rock progressivo, também é bastante ousado dentro da sua proposta.
Muito bem-recebido pelo público e pela crítica especializada, o disco entrou direto na quinta posição dos charts do Canadá e no top 100 da Billboard, mesmo que não tenha tido nenhum single de impacto radiofônico.
Longe do rock básico dos excelentes “Rush” e “Fly By Night“, Geddy Lee, Alex Lifeson e Neil Peart criaram aqui uma obra que esbanja técnica e uma enorme riqueza de detalhes, totalmente na contramão dos seus antecessores.
Construído com talento e executado de forma brilhante, “2112” abre com a sua faixa-título surpreendente, dividida em sete partes.
Contando a história de uma civilização futurística, à lá “admirável mundo novo” de Aldous Huxley, o Rush deixou a sua criatividade fluir livremente nessa canção de 20 minutos.
Cheia de viradas rítmicas, momentos de intensidade, passagens cadenciadas e com um instrumental vibrante, os melhores momentos de “2112” ficam por conta dos trechos “Overture“, “The Temples Of Syrinx” e “Presentation“, que juntas contabilizam quase 11 minutos.
Presença garantida nos shows do rush até o final da sus carreira, essa longa composição sempre foi um dos momentos mais aguardados pelos fãs, e com toda a razão.
Além desse improvável hit, o álbum tem outras cinco faixas como complemento, em que os destaques ficam por conta das rápidas “A Passage To Bangkok” e “The Twilight Zone“.