Jethro Tull – Aqualung (Um Metal por Dia)

O Jethro Tull, um dos expoentes do rock progressivo britânico, teve o mérito de tornar o gênero acessível para o público e para as emissoras de rádio, lá no começo da década 70.
Com a saída do guitarrista e membro fundador Mick Abrahams, insatisfeito com direcionamento que a banda estava tomando, o vocalista e flautista Ian Anderson pode se colocar à frente, como líder absoluto do grupo, e traçar uma nova proposta artística para o Jethro Tull, que passou a agregar alguns elementos do folk e do hard rock.
A essência progressiva e psicodélica, apesar ainda de estar presente em “Aqualung“, não é o que torna esse disco tão importante dentro da sua discografia.
A partir de um viés mais encorpado e refinado, com riffs de guitarra pesados e um instrumental riquíssimo em detalhes, o registro, que chegou às lojas em 1971, pode ser considerado uma das obras-primas do estilo.
Aqualung, que debutou no top 5 das paradas do reino unido, evidenciou um grupo consciente da sua representatividade dentro do cenário musical daquele momento.
As pesadas “Aqualung“, “Cross Eyed-mary” e “Wind-up“, a folk acústica “Mother Goose“, a bluesística “Hymn 43” e a progressiva “Locomotive Breath” são os principais destaques do álbum, que tem uma diversidade rítmica incomum, se comparado com seus três antecessores, e uma pegada vibrante e direta.
O Jethro Tull, que ainda se reinventaria musicalmente algumas vezes nos anos seguintes, se tornou mundialmente conhecido com “Aqualung“, disco que vendeu sete milhões de cópias em todo o planeta.
O repertório, escrito inteiramente por Anderson, é complexo, potente e muito interessante.