Symphony X – Underworld (Um Metal por Dia)

Symphony X – Underworld

O Symphony X, um dos principais nomes do metal progressivo, iniciou a sua trajetória em meados da década 90.

A banda, que conquistou o seu espaço com uma sonoridade mais rústica e pouco afeita aos experimentalismos, se tornou conhecida, especialmente no Brasil, com a boa repercussão dos álbuns “The Divine Wings Of Tragedy” e “The Odissey“.

Experiente e consciente da sua representatividade, o quinteto norte-americano soltou, em 2015, aquele que pode ser considerado o seu disco mais moderno e instrumentalmente agressivo.

Underworld” foi composto quase que inteiramente pelo guitarrista Michael Romeo ao lado do baixista Mike Lepond, com 11 faixas e cerca de uma hora de duração.

O registro, lançado mundialmente pela Nuclear Blast, chama a atenção pelo refinamento das suas composições, que atingiram aqui um nível bastante elevado.

Com um direcionamento mais obscuro, baseado em riffs bem pesados e na performance visceral de Russell Allen ao microfone, “Underworld” é denso, potente e se sai muito bem justamente por chegar aos limites do gênero.

Nevermore“, “Underworld“, “Without You“, “Kiss Of Fire” e “In My Darkest Hour” (a minha favorita) são as melhores composições do álbum, todas com uma pegada bem intensa, refrãos pegajosos e uma diversidade rítmica para lá de interessante.

Sem a pretensão de criar canções épicas e/ou extensas, o Symphony X conseguiu fazer um disco maduro e muito consistente partir dos elementos mais básicos do heavy metal.

Os créditos, de certa forma, podem ir para o produtor sueco Jens Bogren, responsável pela masterização de “Underworld” e já acostumado a trabalhar com bandas extremas que privilegiam exatamente essas características, como Amon Amarth e Arch Enemy.




Sobre Paulo Finatto Jr. 518 Artigos
Olá, pessoal! me chamo Paulo Finatto Jr. e estou no mundo pesado há tempo. com 15 anos, criei o primeiro site dedicado ao metal nacional da internet, chamado Brazil Metal Law. Eu, que já consumia cd’s e revistas aos montes, embarcava na minha própria viagem dentro da música, fazendo reviews, cobertura de shows, notícias e entrevistas. A página, que se tornou uma referência no início dos anos 2000, chegou a ter mais de mil artigos publicados, me colocando em contato com bandas de todo o brasil. Também fui colaborador do Whiplash e escrevi algumas vezes para a Rock Brigade Magazine, a maior daquela época, fazendo matérias de página dupla antes de completar 17 anos. O caminho que segui depois foi inevitável. Fiz faculdade de jornalismo, continuei escrevendo para outros sites, fui editor da Revista Noize e Assessor de Imprensa da Opinião Produtora, por quase uma década. Sigo abrindo as plataformas de streaming diariamente, em busca de novidades e de velharias do universo Heavy Metal. Diante de uma oferta praticamente ilimitada, vou compartilhar aqui vários discos legais para você ouvir no streaming. A ideia é ter um álbum por dia, todos os dias, abrindo espaço para clássicos, bandas nacionais e lançamentos. Espero que curtam!