

O Symphony X, um dos principais nomes do metal progressivo, iniciou a sua trajetória em meados da década 90.
A banda, que conquistou o seu espaço com uma sonoridade mais rústica e pouco afeita aos experimentalismos, se tornou conhecida, especialmente no Brasil, com a boa repercussão dos álbuns “The Divine Wings Of Tragedy” e “The Odissey“.
Experiente e consciente da sua representatividade, o quinteto norte-americano soltou, em 2015, aquele que pode ser considerado o seu disco mais moderno e instrumentalmente agressivo.
“Underworld” foi composto quase que inteiramente pelo guitarrista Michael Romeo ao lado do baixista Mike Lepond, com 11 faixas e cerca de uma hora de duração.
O registro, lançado mundialmente pela Nuclear Blast, chama a atenção pelo refinamento das suas composições, que atingiram aqui um nível bastante elevado.
Com um direcionamento mais obscuro, baseado em riffs bem pesados e na performance visceral de Russell Allen ao microfone, “Underworld” é denso, potente e se sai muito bem justamente por chegar aos limites do gênero.
“Nevermore“, “Underworld“, “Without You“, “Kiss Of Fire” e “In My Darkest Hour” (a minha favorita) são as melhores composições do álbum, todas com uma pegada bem intensa, refrãos pegajosos e uma diversidade rítmica para lá de interessante.
Sem a pretensão de criar canções épicas e/ou extensas, o Symphony X conseguiu fazer um disco maduro e muito consistente partir dos elementos mais básicos do heavy metal.
Os créditos, de certa forma, podem ir para o produtor sueco Jens Bogren, responsável pela masterização de “Underworld” e já acostumado a trabalhar com bandas extremas que privilegiam exatamente essas características, como Amon Amarth e Arch Enemy.