Blaze Bayley – Silicon Messiah (Um Metal por Dia)

Blaze Bayley – Silicon Messiah

Após ter sido desligado do Iron Maiden em 1999, Blaze Bayley teve a difícil missão de começar uma carreira solo do zero, mais baseada em composições próprias do que em músicas dos seus dois discos com a donzela.

Ao lado do conceituado produtor Andy Sneap e acompanhado por um ótimo time de músicos do underground britânico, o vocalista soltou, já no ano seguinte, a sua obra individual de estreia.

Distribuído mundialmente pela SPV/Steam Hammer, “Silicon Messiah” é, de certa forma, surpreendente.

Sempre contestado, Blaze conseguiu a proeza de, ao mesmo tempo, provar a sua capacidade técnica em frente ao microfone e de mostrar que é um exímio compositor.

Com um repertório mais pesado e melódico se comparado com os controversos “The X Factor” e “Virtual Xi“, o debut de Blaze é um trabalho maduro e extremamente bem encaixado ao timbre da sua voz.

O álbum, que foi muito bem-recebido pela crítica especializada na época, reúne dez composições fortes, de refrões intensos e de grande apelo junto aos seus fãs.

Os guitarristas Steve Wray e John Slater, o baixista Rob Naylor e o baterista Jeff Singer (atualmente no My Dying Bride) são os caras por trás do ótimo instrumental de “Silicon Messiah“, que impressiona até quem conscientemente apostava as suas fichas no vocalista.

Ghost In The Machine“, “Born As The Stranger“, “The Brave” e “Stare Of The Sun” são alguns dos destaques do material, que chama a atenção pela sua pegada moderna e agressiva.

Além dessas, “Evolution“, a faixa-título e “The Launch” são outras composições que se sobressaem às demais, evidenciando que Blaze Bayley vivia um ótimo momento criativo nos primeiros anos pós-Iron Maiden.

A carreira solo do cara, que iniciou em altíssimo nível, infelizmente, teve incontáveis altos e baixos e nunca conseguiu se firmar de verdade.

Silicon Messiah“, mesmo depois de 20 anos e nove discos, segue sendo imbatível.





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