Running Wild – Port Royal (Um Metal por Dia)

Running Wild – Port Royal

O Running Wild, que sempre adotou uma sonoridade entre o hard rock e power metal, encontrou o seu lugar na música pesada quando lançou “Under Jolly Roger“, em 1987, e estabeleceu a temática dos piratas dentro do som pesado.

A banda, que já vinha de outros dois bons álbuns, conseguiu se firmar, definitivamente, com “Port Royal“, no ano seguinte.

Com cerca de duas milhões de cópias vendidas no mundo inteiro, o grupo alemão deu continuidade ao seu “Pirate Metal” em um registro extremamente bem elaborado e que, mesmo sem trazer um hit do tamanho da faixa-título do antecessor, foi aclamado por conta do seu repertório diversificado, cheio de detalhes e melodicamente muito inspirado.

Produzido pelo líder Rolf Kasparek (vocal e guitarra), que mostrou muita autossuficiência dentro do estúdio, “Port Royal” precisou de apenas um mês para ficar pronto, o que só evidencia o ótimo momento criativo que vivia a banda.

Ao lado do Majk Moti (guitarra), Jens Becker (baixo – que mais tarde iria para o Grave Digger) e Stefan Schwarzmann (bateria – que já tocou com o Accept e com o Helloween), Rock’n’Rolf, aparentemente, não precisou se esforçar muito para criar aquela que é, tranquilamente, umas das grandes obras do heavy metal de todos os tempos.

Com timbres de guitarra que remetem imediatamente aos anos dourados do gênero, o álbum é marcado pelas suas músicas aceleradas, que transpiram energia e ganham o ouvinte com os seus refrãos pegajosos.

A faixa-título, “Raging Fire“, “Into The Arena” e “Uaschitschun” abrem o disco em grande estilo, com traços épicos, e podem ser consideradas destaques.

Mantendo o pique, “Port Royal” ainda tem outras canções bem interessantes, como “Conquistadores” (a minha favorita, cujo videoclipe rodou bastante na MTV) e “Warchild“.

Apesar de ter álbuns excepcionais, que saíram dentro de um período de quase 20 anos, o Running Wild “atual” nunca conseguiu repetir o sucesso dos seus primórdios.





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