At The Gates – Slaughter Of The Soul (Um Metal por Dia)

At The Gates – Slaughter Of The Soul

Um dos nomes pioneiros do gothenburg sound, o At The Gates iniciou a sua trajetória em 1992, com o ótimo “The Red In The Sky Is Ours“.

O grupo sueco, que sempre apostou numa vertente bastante melódica para o death metal, conseguiu se estabelecer numa época de grande dificuldade para heavy metal, quando o estilo perdeu bastante espaço para o grunge.

Em uma sequência superprodutiva de um álbum por ano, a banda soltou, em 1995, o seu quarto trabalho de estúdio, chamado “Slaughter Of The Soul“. Considerado pela Metal Hammer uma das 10 obras essenciais do gênero, o registro foi muito bem-recebido pela crítica especializada e também integra algumas listas dos melhores álbuns de todos os tempos, elaboradas por revistas como a Decibel Magazine.

Produzido por Fredrik Nordström e lançado pela gravadora inglesa Earache Records, “Slaughter Of The Soul” tem uma sonoridade encorpada, moderna, agressiva e cristalina. Ao longo de 11 faixas e pouco mais de meia hora de duração, o disco evidencia uma banda já madura e experiente, apesar do pouco tempo de estrada.

O vocalista Tomas Lindberg, os guitarristas Anders Bjöler e Martin Larsson, o baixista Jonas Björler e baterista Adrian Erlandsson, além de formar um line-up tecnicamente perfeito, também estavam em uma ótima sintonia.

Direto e quase sempre com bastante velocidade, o álbum mantém uma alta rotação, com músicas que soam extremas e complexas.

Blind By Fear“, “Slaughter Of The Soul“, “Cold” (com um belíssimo solo de Andy Larocque, do King Diamond), “Under A Serpent Sun“, “World Of Lies” e “Nausea” são alguns dos destaques do disco, que pode até manter uma certa linearidade entre as suas composições, mas que consegue atingir um ótimo resultado final.

Com um público mensal no Spotify bem menor do que os seus conterrâneos In Flames e Soilwork, o At The Gates é uma banda extremamente competente e que ainda precisa ser descoberta nas plataformas de streaming.





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