Grave Digger – Excalibur (Um Metal por Dia)
O Grave Digger, ao contrário de quase todas as bandas de Heavy Metal oitentistas, não foi afetada pelo crescimento do grunge e viveu o seu melhor momento durante a década de 90.
Se “Heart Of Darkness” (1995) e “Tunes Of War” (1996) tiveram uma repercussão excelente, o oitavo trabalho de estúdio do grupo, intitulado “Excalibur”, superou ainda mais as expectativas.
Gravado em apenas dois meses, o registro voltou a aproximar o quinteto alemão das histórias medievais e evidenciou como a banda sempre teve muito talento para criar obras conceituais.
Chris Boltendahl (vocal), Uwe Lulis (guitarra), Jens Becker (baixo), Hp Katzenburg (teclado) e Stefan Arnold (bateria) mantiveram aqui a pegada épica e o seu power metal extremamente agressivo.
Produzido de forma brilhante por Boltendahl e Lulis, “Excalibur” ainda trouxe alguns convidados especiais para engrossar os coros e os refrões, como Hansi Kürsch e Piet Sielck.
As canções grandiosas, que foram enriquecidas com instrumentos de sopro e até uma gaita de fole, só comprovam que o Grave Digger tem construído, com sofisticação, o seu próprio caminho.
As vibrantes e encorpadas “Pendragon”, “Excalibur”, “Tristan’s Fate”, “Lancelot”, “Mordred’s Song”, “The Final War” e “Avalon” são os grandes destaques do material, que dá um toque complexo a um repertório que não abre mão do seu direcionamento direto e envolvente.
Relançado em 2006 numa versão remasterizada, “Excalibur” é a prova de que a música pesada teve o seu ápice mesmo quando foi deixada de lado.
O Grave Digger cumpriu bravamente o seu papel aqui.
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