Children Of Bodom – Hate Crew Deathroll (Um Metal por Dia)

Children Of Bodom – Hate Crew Deathroll

O death metal melódico, que ganhou força e representatividade na Suécia, se espalhou rapidamente pelos demais países da Escandinávia, mas sempre guardando algumas particularidades locais.

Na Finlândia, o Children Of Bodom era um dos ícones do gênero até anunciar o fim das suas atividades, em 2019.

Com uma sonoridade menos agressiva se comparado com o In Flames ou com o Soilwork, a banda escreveu o seu nome na história da música pesada com uma pegada mais melódica, próxima até do power metal, e repleta de linhas de teclado (inclusive solos).

Liderado pelo vocalista e guitarrista Alexi Laiho, o grupo lançou “Hate Crew Deathroll“, o seu quarto trabalho de estúdio, em 2003.

Melhor produzido do que os seus antecessores, o registro é uma obra que transpira criatividade e competência técnica, ao ponto de ser eleito o melhor disco da banda pelo site allmusic.com.

Variando entre timbres modernos, referências do metal progressivo, riffs intensos, elementos do thrash metal e vocais quase sempre sujos, o Children Of Bodom fez de “Hate Crew Deathroll” um disco verdadeiramente completo, reunindo diversas composições que se tornaram clássicos.

Além de Alexi Laiho, o guitarrista Alexander Kuoppala, o tecladista Janne Warman e o baterista Jaska Raatikainen têm papéis importantíssimos no bom desempenho do álbum, que chegou ao primeiro lugar dos charts do seu país natal, ficando lá por duas semanas consecutivas.

Needled ‪24/7‬”, “Sixpounder“, “Chokehold (Cocked’n’Loaded)“, “Angels Don’t Kill“, “You’re Better Off Dead” e “Lil’ Bloodred Ridin’ Hood” são alguns dos melhores momentos do disco, que está disponível no Spotify com três faixas bônus, como “Silent Scream” (cover do Slayer) e “Somebody Put Something In My Drink” (original dos Ramones).

Quem torceu o nariz para todos os outros discos que vieram depois, muitos deles com um pé no metal industrial, “Hate Crew Deathroll” é a escolha mais óbvia para quem quer ver toda a potencialidade da banda sendo executada em um único item da sua discografia.





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