Morgana Lefay – Grand Materia (Um Metal por Dia)

Morgana Lefay – Grand Materia

Na contramão do movimento power metal melódico que dominou a suécia na década de 90 e no início dos anos 2000, o Morgana Lefay optou ir por um outro caminho, vinculado ao thrash e ao groove metal.

O grupo, que começou a sua trajetória em 1990, passou por momentos internamente turbulentos, com brigas, rompimentos e disputas pelo direito de usar o seu nome.

Na sua primeira reencarnação, após um curto hiato, os suecos soltaram aquele que pode ser considerado o seu trabalho de estúdio mais maduro e consistente.

Grand Materia“, que chegou às lojas em 2005, tem uma sonoridade bastante agressiva, com alguma proximidade ao doom metal e ao metal sinfônico.

Trazendo só dois membros da sua formação original, o vocalista Charles Rytkönen e o guitarrista Tony Erikkson, “Grand Materia” não tem aquela crueza incômoda dos registros anteriores e se sobressai justamente pela complexidade das suas composições.

Quer ter uma ideia?! A faixa-título é épica e arrastada, “My Funeral Is Calling” beira o metal extremo e “Only Endless Time Remains” é cadenciada à lá Anathema. As três primeiras canções do disco são assim, tão díspares entre si, e exemplificam como o álbum prossegue de maneira bem diversificada.

Além delas, há outros bons momentos no álbum, como a intensa “Edge Of Mind“, a pesada e melódica “I Roam” e a grooveada “Emotional Sanctuary“.

Com Charles Rytkönen cantando espetacularmente, o Morgana Lefay acertou ao apostar as suas fichas em um trabalho amplo, que não fica preso somente às mesmas características sonoras. há de tudo no repertório – e é isso que pode agradar tanta gente diferente.





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