Tribulation – Down Below (Um Metal por Dia)
o Tribulation é uma banda que eu conhecia há algum tempo, mas que fui ouvir com calma só depois de vê-la no Bode Eclético (podem seguir aí!).
O grupo sueco, em atividade desde 2005, tem uma sonoridade bastante própria e difícil de ser rotulada, que gira em torno do black metal, do heavy tradicional, do gothic e do occult rock.
Reunindo alguns músicos já conhecidos da cena local, como o guitarrista Adam Zaars (ex-Enforcer) e o baterista Oscar Leander (ex-Deathstars), o quarteto lançou, em 2008, o seu quarto trabalho de estúdio, intitulado “Down Below“.
Mais encorpado e diversificado do que os seus antecessores, que bebiam quase que unicamente na fonte do death metal, o registro foi bastante aclamado pela mídia especializada, sendo considerado um dos melhores discos daquele ano por diversas publicações, como a Loudwire, a Decibel e a Consequence Of Sound.
“Down Below“, além de apostar em algumas passagens atmosféricas e outras bem obscuras, pode ser considerado um álbum bastante agressivo e melódico, por mais contraditório que isso possa parecer.
Sem o apelo pop de alguns nomes similares, como o Ghost, o Tribulation conseguiu mostrar a sua personalidade e ditar os caminhos que julgou serem os mais adequados, em um conjunto bastante amplo e consistente de dez composições.
A partir das boas linhas de guitarras de Adam Zaars e de Jonathan Hultén, que se encaixaram perfeitamente bem com o timbre gutural e rasgado do vocalista/baixista Johannes Andersson, o grupo tem tudo para despontar como um dos principais nomes do metal contemporâneo, já que em janeiro de 2021 está programado para sair mais um disco do caras, o aguardado “Where The Gloom Becomes Sound“.
De volta ao repertório de “Down Below“, os destaques ficam por conta de algumas canções mais diretas, como “Subterranea” e “Lacrimosa“; e de outras bem mais complexas e instrumentalmente ricas, que são os casos de “The Lament“, “Nightbound” e de “Cries From The Underworld“.
O Tribulation é, com certeza, uma banda diferente de tudo aquilo que o headbanger mais extremo se acostumou a ouvir no passado.
Só por isso os suecos já merecem um pouco da sua atenção, não?!
