King Witch – Body Of Light (Um Metal por Dia)

King Witch – Body Of Light

O King Witch, em atividade há pouquíssimo tempo, acabou de soltar o seu segundo trabalho completo de estúdio, chamado “Body Of Light“.

O registro, lançado pela francesa Listenable Records e distribuído no Brasil pela Hellion Records, evidencia uma banda de sonoridade moderna, que aproxima heavy tradicional, stoner rock e doom metal nas suas composições.

Liderado pela vocalista Laura Donnelly, o grupo escocês não parece interessado em encontrar novos rumos para o som pesado, mas deixa claro que uma releitura do passado, aliada à uma pegada extremamente contemporânea, pode dar bons resultados.

Incorporando algumas referências do rock progressivo e do rock setentista, o King Witch está conseguindo se desvincular do cenário estritamente underground com o repertório potente de “Body Of Light“.

Com riffs arrastados, solos virtuosos (que até surpreendem), bastante peso e densidade rítmica elevada, o quarteto de Edimburgo condensou nove músicas, quase todas com mais de seis minutos de duração, em um álbum que tem o atrativo de não soar demasiadamente repetitivo e de acertar mesmo quando tenta investir em melodias mais básicas.

Além do guitarrista Jamie Gilchrist, que conduz um trabalho impressionante nas seis cordas, é Laura quem chama para si todas as atenções. Com uma voz forte e bem posicionada em cima do instrumental, que lembra um pouco a performance de Kimberly Goss no finado Sinergy, a cantora recheia com intensidade um repertório que tinha tudo para ser obscuro e executado em marcha lenta.

A rápida “Body Of Light“, a instrospectiva “Of Rock And Stone“, a arrastada (e com um refrão grandioso) “Order From Chaos” e a agressiva “Witches Mark” são alguns dos destaques do material, que chegou ao streaming no último mês de abril.

Ainda precisando de um pouco de experiência criativa para diversificar as fórmulas de “Body Of Light“, o grupo parece que está no caminho certo.

Não é por acaso toda a repercussão que a banda está tendo, sobretudo por conta dos shows realizados (e elogodiaíssimos) nos principais festivais da Europa, como o Sweden Rock e o Dutch Doom Days.





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