Pain Of Salvation – Panther (Um Metal por Dia)

O Pain Of Salvation é, tranquilamente, um dos nomes mais geniais do metal progressivo.
O grupo sueco, que iniciou a sua trajetória em 1997, nunca ficou preso à uma única fórmula pré-estabelecida, tendo lançado discos totalmente diferentes entre si, ao longo do tempo.
O mais recente trabalho de estúdio dos caras, chamado “Panther“, chegou às plataformas de streaming no final de agosto e está cheio da particularidades, quase que na contramão dos seus antecessores, como o agressivo “In The Passing Light Of Day“, o setentista “Road Salt” e o complexo “Remedy Lane“.
Liderado pelo vocalista e guitarrista Daniel Gildenlöw, o Pain Of Salvarion chegou ao seu 11º trabalho de estúdio investindo em uma sonoridade mais sofisticada, sem tantos riffs pesados e com a adição de diversos elementos modernos, dos teclados aos samplers eletrônicos.
Com muita criatividade, o grupo criou uma obra densa, atmosférica, repleta de melancolia e fora de qualquer padrão.
Apesar de reunir nove composições de muito bom gosto, “Panther” não está sendo uma unanimidade entre os fãs, talvez porque muitos ainda não compreenderam que o Pain Of Salvation não é estático e que a banda gosta sempre de traçar novos caminhos para a sua música.
Para ser digerido aos poucos (e prestando bastante atenção aos detalhes), o álbum começa com a obscura “Accelerator” e depois parte para as diferentonas “Unfuture“, “Restless Boy” e “Keen To A Fault“, que são melódicas, cadenciadas e pesadas, tudo ao mesmo tempo.
Os grandes destaques do disco, no entanto, ficam por conta de “Panther” (com melodias tristes e belíssimas) e da épica “Icon“, um viagem progressiva com 13 minutos de duração.
Fugindo do óbvio, o Pain Of Salvation ousou/arriscou em “Panther“. O resultado final, acima ou abaixo da média, só depende de quanto você tem a mente aberta.
E depois de uma longa espera, finalmente todos os outros discos da banda estão disponíveis no Spotify!