Malevolent Creation – The Will To Kill (Um Metal por Dia)

Na década de 90, quando a Flórida era o berço do Death Metal, muitas bandas se mudaram para lá, com o intuito de trilhar o mesmo caminho percorrido por Death, Morbid Angel e Obituary, três das principais referências do gênero.
Originário de Nova York, o Malevolent Creation é um dos grupos que precisou pegar as suas malas e trocar de estado, para se tornar um dos nomes mais bem-sucedidos da segunda safra da música extrema norte-americana, ajudando o estilo a desenvolver os seus aspectos mais técnicos.
Com 13 discos lançados até o momento, a banda soltou o ótimo “The Will To Kill“, em 2002. Depois de romper com a Road Runner Records e assinar com a Nuclear Blast Records, o quinteto estreava o vocalista Kyle Simmons num álbum que ficou marcado pela sua agressividade, pela sua versatilidade e pela sua complexidade instrumental, uma característica poucas vezes associada ao Death Metal, pelo menos até aquele momento.
Com uma produção perfeita assinada pelo próprio grupo, o disco não está entre os preferidos dos fãs, injustamente, mas teve a competência de mostrar uma banda que dava um grande passo para ocupar o seu espaço no cenário.
A turnê de “The Will To Kill“, que contou com datas também no Brasil, só evidenciou o patamar altíssimo que o Malevolent Creation atingiu aqui.
Com riffs gordurosos e um encaixe perfeito entre baixo e bateria, o oitavo registro do grupo tem como destaques as faixas “The Will To Kill“, “All That Remains“, “Lifeblood” e “Assasian Squad“, todas com um trabalho impecável da dupla de guitarristas Phil Fasciana e Rob Barrett.
Extremo e rico em detalhes, “The Will To Kill” é uma obra madura e que ainda pode ser resumida em 40 minutos de porrada (da melhor qualidade) na orelha.