O quarto álbum de estúdio do cantor e compositor gaúcho conecta passado, presente e futuro em uma mesma proposta musical
Depois de um ano marcado por lançamentos de singles e shows que antecederam o disco, chega a todas as plataformas, no dia 13 de dezembro, “Sinestesias”, quarto álbum de estúdio do cantor e compositor Pedro Longes, celebrando sua volta ao Rio Grande do Sul, após quatro anos no Chile.
Para marcar o lançamento, o artista realiza uma live pelo seu instagram @pedrolonges, no mesmo dia, às 20h, acompanhado do pianista e compositor André Vicente.
Trazendo na bagagem as vivências musicais e novas canções escritas durante o tempo em que viveu no país transandino, a concepção de repertório do álbum “Sinestesias“, que tem 11 faixas, faz uma conversa entre passado, presente e futuro, ao apresentar cinco canções inéditas, além de releituras do primeiro disco, Conexión (2015), e quatro faixas bônus, onde são apresentados arranjos alternativos para canções do disco.
Os arranjos minimalistas, ora voz e piano, ora voz e violão, foram gravados de forma orgânica, ao vivo, no estúdio Soma, em Porto Alegre (exceto faixas bônus), e contou com as participações do pianista e compositor gaúcho André Vicente, do violonista e compositor catarinense Daniel Mueller e das cantoras Anaadi, que atualmente vive na França, e Ana Clara Moltoni, da Argentina. A capa conta com foto de Luis Ferreirah e ilustração da artista chilena Natalia Babarovic. A assessoria de imprensa e o planejamento cultural são de Silvia Abreu.
Criação em camadas
“Sinestesias” é, fundamentalmente, além de um álbum, agora lançado completo nas plataformas digitais, e que apresenta estas diversas sonoridades e temáticas do compositor, um projeto musical em constante transformação. Tanto é que os shows apresentados, antes mesmo do lançamento do álbum, já permitiram certas mudanças nos arranjos, novas ideias e canções que se somam ao repertório, fazendo com que a música seja uma experiência fluída, vívida, dinâmica, mutável, capaz de misturar sentidos, e onde não se sabe bem ao certo onde termina ou começa.
No entendimento do artista, o álbum representa esta criação em camadas, que intercala passado, presente e futuro, que mistura o íntimo e o distante, o simples e o ornamental, a sanidade e a loucura, a solenidade e a festa, as tristezas e alegrias, entre tantas sobreposições de sentidos, que querem ser mostrados de forma poética nos shows e no disco.
As canções
A milonga “Hermosa”, originalmente publicada no disco de estreia de Pedro, “Conexión” (2015), ganha dois novos arranjos em “Sinestesias“. O primeiro, em um andamento mais acelerado, abre o disco com Longes cantando e tocando piano, trazendo pequenas mudanças na letra, quando deixa de citar homens e passa a mencionar mulheres e figuras mitológicas femininas. A segunda versão, que aparece como faixa extra neste álbum, é uma interpretação realizada em parceria com a cantora e compositora Anaadi, cantando a milonga a duas vozes, registro este que foi realizado no final de 2015 e que, até então, só havia sido lançado em formato single pelo próprio projeto “Sinestesias“.
Algo parecido passou com “Lares Quebrados”, uma zamba que trata sobre a passagem do tempo e as difíceis escolhas da vida, como ficar ou partir a um outro lugar. Também publicada originalmente no disco “Conexión”, em “Sinestesias” ganha duas versões. A primeira, com um ar mais clássico e melodioso, traz Pedro em formato piano e voz solo. A segunda, disponibilizada como faixa extra, foi gravada em parceria com a cantautora argentina Ana Clara Moltoni, em 2016, época em que Pedro apresentava seu disco de estreia em Buenos Aires.
Com um arranjo minimalista em voz e violão, e outro, na faixa extra, orquestrada em mellotron e cordas, “Nós Hemos de Vir” é a primeira faixa inédita de “Sinestesias“, trazendo, de forma narrativa, questões políticas, sociais e comportamentais latino-americanas, em contraste, apresentando um refrão existencial, com um quê de esperança: “indo e vindo no novelo entre o mundo e o existir / atando e desatando os nós … que hemos de vir”.
A canção foi escrita ainda no Chile, durante e com inspiração nas intensas manifestações de outubro de 2019, que levaram ao processo de uma nova Constituição daquele país, sem deixar de dialogar com a realidade brasileira.
De uma forma mais sutil e lírica, mas não menos intensa, a faixa seguinte, “Samba Erudito”, também levanta questões políticas e sociais, abordando certos absurdos do cotidiano que, por vezes, assumimos com certa naturalidade, como a falta do que ter o que vestir ou comer, ou a vida em espaços cada vez menores e sufocantes, por exemplo. E, constatando tal “normalidade”, a dita “sanidade que invade o normal”, a canção faz um convite irônico ao ouvinte, a um bom exercício da loucura e da transgressão, tal qual cantar absurdos possíveis como um samba erudito.
Em “Tema para Natalia”, Longes segue suas sinestesias, ao compor e cantar em espanhol as recordações dos encontros com a amiga Natalia Babarovic, artista chilena com quem Pedro conviveu durante longo período no Chile e que, inclusive, assina a gravura presente na capa do álbum. Aqui, o mergulho é através da nostalgia dos cafés, das canções que cantavam e das conversas sobre arte e pintura. Na parte final, a canção atravessa a nostalgia, e celebra a amizade com ares festivos e improvisos em um compasso irregular.
Na sexta faixa, “Valsa em Solidão”, Longes dá voz e letra para a música composta pelo pianista André Vicente, parceiro que se dedica a explorar e fundir principalmente sonoridades regionais e platinas, enquanto carrega a bagagem de sua formação em música erudita. Com ar soturno e estilo que remete às melodias de Chopin, a canção apresenta em sua letra, escrita por Pedro, questões que para muitos foram acentuadas pela pandemia, como o sentimento de solidão e os conflitos que aparecem quando nos deparamos com nossa própria companhia.
Já a canção “Cavalos no Quarto”, quinta composição inédita do disco, é uma parceria com o músico catarinense Daniel Mueller, que interpreta seu violão na faixa, inclusive. Composta à distância, no início da pandemia, enquanto Pedro ainda vivia no Chile, a canção se desenvolveu sobre a harmonia de Daniel, que dá a impressão de um movimento contínuo, e que na sequência ganhou melodia e letra de Pedro, falando sobre a importância da criação e imaginação em tempos difíceis.
Sobre o artista
Pedro Longes é cantor, compositor, professor, publicitário e produtor cultural, com shows realizados no Brasil, Chile, Argentina e Uruguai e três discos publicados: Conexión (2015), Longes Canta Spinetta (2018), Canções de Amor e Solidão (2021), este último indicado a duas categorias no Prêmio Açorianos de Música 2021, como melhor álbum e melhor compositor, do gênero MPB. Atua também como professor de canto e composição, tendo realizado aulas particulares para alunos de diversas nacionalidades, como Brasil, Chile, Argentina, Venezuela, Paraguai, Colômbia e França.
Estreia como cantor e compositor em 2015, com o álbum “Conexión“, gravado em Porto Alegre, onde abre um diálogo entre o MPB e a música latino-americana, misturando ritmos, harmonias, referências, regionalismos e poesia, na busca de uma música contemporânea, cujo ponto de partida é o sul do Brasil.
Após o lançamento e divulgação do primeiro disco, viveu quatro anos em Santiago do Chile, onde estudou composição e arranjo com o músico chileno Oscar Torres, além de ter cursado canto popular no Instituto ProJazz Chile, filiado ao Berklee College of Music. Em 2018, lançou o álbum “Longes Canta Spinetta”, celebrando um dos maiores nomes da música argentina e latino-americana: Luis Alberto Spinetta (1950-2012). Acompanhado por uma uma banda formada por músicos chilenos, o álbum traz oito canções de Spinetta na voz de Pedro Longes, em novos arranjos e com letras traduzidas poeticamente ao Português.
De volta ao Brasil, em março de 2021, Longes lançou o álbum “Canções de Amor e Solidão”, com composições inéditas no estilo MPB e música latino-americana, tendo como arranjador e instrumentista o músico porto-alegrense James Liberato. O projeto foi financiado pela Lei Aldir Blanc Canoas e está disponível nas principais plataformas digitais. Em breve, será lançado o show online deste mesmo álbum, pelo programa Microcrédito Cultural de Canoas.
Além disso, desenvolve o projeto “Sinestesias“, tendo levado o show a importantes palcos como o Sarau do Solar 2021, da Assembleia Legislativa, e a abertura da 37a Feira do Livro de Canoas.
SERVIÇO
O Quê: Lançamento de “Sinestesias”, quarto álbum de estúdio do cantor e compositor Pedro Longes. Live às 20h, com participação de Andé Vicente
Onde: live pelo seu instagram @pedrolonges, no mesmo dia, às 20h, acompanhado do pianista e compositor André Vicente.
Quando: Dia 13 de dezembro de 2021, às 20h (live).
Link para o pré-save: https://tratore.ffm.to/sinestesias
Quanto: Gratuito
Recomendação etária: Livre
Assessoria de Imprensa:
Silvia Mara Abreu
Fotos:
Luis Ferreirah