Tristania – World Of Glass (Um Metal por Dia)
A Hellion Records foi uma das grandes responsáveis pela força que o Gothic Metal ganhou no Brasil, principalmente no começo dos anos 2000.
Impulsionada pelo sucesso do Nightwish, a gravadora garimpou mundo afora diversas outras bandas do gênero, que tiveram os seus discos lançados em versão nacional.
O Tristania, da Noruega, talvez foi quem melhor conseguiu se projetar no mercado tupiniquim. Depois do sucesso do “Beyond The Veil“, que chegou às lojas em 1999, o grupo voltou bastante focado em 2001, com o repertório de “World Of Glass“.
Sem o vocalista e guitarrista Morten Verland, que saiu para formar o Sirenia, o grupo recrutou Ronny Thorsen (do Trail Of Tears) como convidado, para gravar aquele que é um álbum denso, complexo e repleto de boas composições.
Tendo a cantora Vibeke Stene como sua principal referência, a banda transitou com naturalidade entre a melancolia e a agressividade, com canções que, desde o primeiro minuto, usam e abusam dos elementos orquestrais.
Gravado em apenas três meses, “World Of Glass” não soa como se tivesse sido feito às pressas, já que que conta com um conjunto amarrado de nove faixas muito bem trabalhadas, que aliam melodia, intensidade e versatilidade, não ficando presas somente aos aspectos mais básicos do estilo.
“Tender Trip On Earth“, “Lost” e a faixa-título, por exemplo, merecem destaque porque caminham por uma via mais pesada e direta.
Porém, é quando o Tristania assume o seu lado emotivo que a coisa toma uma outra proporção, cheia de beleza. Basta ouvir “The Shining Path“, “Hatred Grows” e “Wormwood“, todas grandiosas, para comprovar que o quinteto norueguês era ambicioso.
Pode procurar no Spotify e dar play sem medo.
