Grave Digger – Tunes Of War (Um Metal por Dia)

Grave Digger – Tunes Of War

Assim como o Rage, banda que abordamos aqui outro dia, o Grave Digger é um dos nomes mais prolíficos do Heavy Metal mundial.

Em atividade desde meados da década de 80, o grupo alemão tem impressionantes 20 trabalhos de estúdio até o momento, numa média de um álbum novo a cada dois anos.

Liderada pelo vocalista Chris Boltendahl e pelo guitarrista Uwe Lulis, que tempos depois deixaria o Grave Digger para integrar o Accept, a banda é um dos poucos representantes do gênero que não foi atingido pelo grunge, pelo menos de forma visível, lá na década de 90.

Sem dar bola para as tendências da época, o grupo se manteve em pleno funcionamento, lançando alguns dos seus discos mais imponentes naquele período.

Tunes Of War“, que chegou às lojas em 1996 através da já extinta Gun Records, é um registro interessante e, curiosamente, conceitual. Contando a história da independência da Escócia, o álbum precisou de apenas um mês para ser finalizado em estúdio, sendo produzido de forma brilhante pela dupla Chris Boltendahl e Uwe Lulis.

Com canções pesadas, em que o Power Metal clássico ganha riffs extremamente pesados e contornos agressivos, a banda criou um disco coeso e homogêneo, que reproduz muito bem (e de forma sonora) o ambiente medieval do século 11.

Ao lado de Scott Cochrane, instrumentista responsável pela gaita de fole em várias faixas, o Grave Digger reuniu aqui faixas de refrão forte, como “Scotland United” e “The Dark Of The Sun“, e outras canções de muita imposição instrumental, como “The Battle Of The Flodden” e a megaclássica “Rebellion (The Clans Are Marching)“.

Tunes Of War“, mesmo sem reinventar a roda, é o retrato de uma banda criativa e extremamente engajada em executar um Heavy Metal de verdade.





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