

“Kill ‘em All” não é o melhor disco do Metallica, mas tem uma inegável importância para todo o cenário Heavy Metal.
O primeiro trabalho de estúdio do grupo, que chegou às lojas em julho de 1983, colocou os caras entre os principais nomes do estilo e fez o gênero ganhar reconhecimento e popularidade, principalmente nos Estados Unidos.
Gravado em apenas duas semanas e com um orçamento limitado de 15 mil dólares, “Kill ‘em All” é um registro simples, de uma banda ainda inexperiente, mas muito visceral. Sem o instrumental requintado dos clássicos “Ride The Lightning” e “Master Of Puppets“, o debut do Metallica é cru, direto e enérgico, retratando toda a ambição de James Hetfield, Lars Ulrich, Kirk Hammett e Cliff Burton, que já visualizavam a música pesada mais pelo olhar do profissionalismo do que da curtição.
As contribuições do recém-demitido Dave Mustaine também são visíveis no álbum, já que as ótimas “The Four Horsemen“, “Jump In The Fire” e “Metal Milita” levam a sua co-assinatura.
O repertório do disco é todo muito bom e as outras faixas do material, como “Hit The Lights“, “Motorbreath“, “Whiplash” e “Seek & Destroy” ganharam o status de clássicas. A revista britânica Kerrang Magazine colocou “Kill ‘em All” na lista dos 30 melhores álbuns de Metal de todos os tempos e mais 60 mil cópias dele foram comercializadas, no mundo inteiro, somente no seu primeiro ano.
Nada mal para um grupo que fazia a sua estreia – e que iria transformar o Heavy Metal a partir dali.