Foge Comigo – Lançamento da música de ZéVitor, acontece nesta terça, 13 de julho, às 17h no YouTube

Se em seu mais recente single, Vamo Nessa, nos deparamos com um ZéVitor solar como um Jorge Benjor, cidadão de um típico “país tropical”, o lançamento de Foge Comigo retoma agora a atmosfera mais densa do álbum Ressignificar, gravado no final do fatídico ano de 2020

Em comum com o seu último e mais heterogêneo trabalho, a nova música possui alguns dos rótulos – insuficientes, é verdade – já usados para descrevê-lo: pop, embora intimista, delicado, embora consistente etc. Nesse sentido, o título da faixa faz jus ao autor, que foge com naturalidade das fronteiras que lhe são impostas e, simplesmente, pertence ao mundo.

Com um leve sotaque caribenho, já experimentado aliás na canção Sem Que Nos Percamos, Foge Comigo nos remete aos melhores momentos do “clandestino” Manu Chao e seu pop latino alternativo.

Ou, para usar um termo da crítica especializada, vemos surgir um ZéVitor “world music”, não obstante se trate de um artista engajado que observa, reflete e comunica ao mundo, a partir da canção como crônica, o que acontece nos lugares por onde passa, transformando sua obra em momentos de reflexão.

Esta é, porém, um manifesto menos político que romântico do compositor que talvez seja o último herói do gênero. Pois se o flerte com a salsa e o flamenco possa parecer estranho a um desavisado, a letra dá coesão ao caleidoscópio criativo do menestrel contemporâneo, dotado de emoção e ímpeto comunicativo. Crítico, sem ser panfletário; leve, sem soar bobo.

Foge Comigo conclui a jornada de Ressignificar

Quase um ano depois do lançamento de RessignificarZéVitorressurge com a cereja do bolo de uma narrativa concebida desde o início, não para traduzir em imagens o que os versos pudessem por acaso deixar escapar, mas como um elemento imprescindível à compreensão geral do trabalho e seu pleno deleite.

Como bem anuncia o teaser narrado pelo pai do artista, o álbum conta – em cores e formas – a história de um fauno e uma menina, cujos mundos tão aparentemente distintos se conectam pela força do amor. Fauno, segundo a mitologia romana, era um ser metade homem, metade bode e teria obtido de Afrodite beleza e sedução para conquistar a poetisa, além de dons oraculares.

Assim, quem assiste à playlist no Youtube se depara já na primeira música, Lua Em Escorpião, com os mesmos chifres retratados por Ovídio, agora no rosto marcante de ZéVitor sob a constelação daquele signo a brilhar. Ao melhor estilo manhua, a capa de Lucas Paixão é, mais do que a simples identidade visual, uma amostra do universo lúdico do disco.

Como um típico anime, cada uma das faixas contém uma sequência de ilustrações que causam no expectador a sutil sensação de movimento. A figura do cantor parece interagir, frame a frame, com sua musa inspiradora Tainá Nogueira, que, embora humana, remete à deusa Vênus, com seus longos e ondulados cabelos ruivos já tão retratados ao longo da história da arte, de Botticelli a Velásquez. Tal é a exuberância de seus traços que cada segundo do clipe Menina é inteiramente dedicado a ela.

O desencontro, como não podia deixar de haver, se dá em Sem Que Nos Percamos, onde a personagem se vê impelida a fechar a janela diante da serenata de seu amado a fim de protegê-lo, o que o leva a fugir atônito para a floresta na canção seguinte, Vê Se Não Demora. Da mata fechada ao mar aberto, o casal percorre os mais oníricos cenários rumo a um amor impossível.

Sem poder lançar mão de spoilers, resta apenas aguardarmos ansiosos pelo clipe de seu mais recente single, Foge Comigo. Em comum com Ressignificar, a música possui alguns dos rótulos – insuficientes, é verdade – já usados para descrevê-lo: pop, embora intimista, delicado, embora consistente etc. Nesse sentido, o título faz jus ao autor, que foge com naturalidade das fronteiras que lhe são impostas e, simplesmente, pertence ao mundo.

Com o lançamento marcado para o próximo dia 13 de julho, terça-feira, o clipe marcado para às 17h, promete dar ao enredo de seu último álbum o devido grand finale – sabe lá se um happy end ou um trágico e inesperado desfecho.

Plataformas Digitais ZéVitor 
Instagram: https://found.ee/InstaZevitor
Facebook: https://found.ee/Facebookzevitor
Spotify: https://found.ee/SpotifyZeVitor
YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCwCoduJ5nkK02kq6wR46RLg
Site: http://www.zevitor.art.br/

Informações para a Imprensa:
Ana Paula Silveira

Ilustração:
Lucas Paixão

Esse post foi publicado em Agenda, Cultura, Música, ZéVitor e marcado , , , por Alex Vitola. Guardar link permanente.

Sobre Alex Vitola

Há alguns anos atrás jamais imaginei trabalhar com fotografia ou jornalismo. São mais de 20 anos na área de TI, em diversos provedores de Hospedagens como Administrador de Sistemas, Analista de Suporte e Consultor Técnico. Por questões particulares resolvi "dar um tempo", tirar umas férias de tudo. Neste meio tempo, comecei a fotografar e fazer a cobertura de shows e eventos culturais, apenas como um Hobby, não queria viver disso, não queria uma nova profissão. Com o passar do tempo a coisa foi ficando séria até que e em novembro de 2020 com apoio da Secretaria da Cultura do RS e da Feevale, lancei o projeto “PALCO-RS, uma Exposição Virtual dos principais shows nos palcos de Porto Alegre”. Veio a pandemia, e sem eventos presenciais entrei pra Faculdade de Jornalismo e paralelo a isso continuei estudando edição de imagens, produção cultural, marketing digital, gestão de tráfego e obviamente nunca deixando os estudos da área de TI de lado. Em 2023 fui finalista do Prêmio Profissionais da Música 7ª Edição na categoria "Convergência" "Canais Digitais de Divulgação da Música". Atualmente trabalho com Gestão de Tráfego Pago além de fazer a co-produção do Podcast Entrevista de Atitude.